“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos. Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.” (Isaías 6:1-7)
Já disse alguém: “Ninguém sai ileso de um encontro”. Há encontros que mudaram radicalmente a vida de certos homens e mulheres na história bíblica. Jacó nunca mais foi o mesmo depois de lutar com Deus no vau chamado Jaboque (Gn 32), Saulo mudou totalmente sua cosmovisão depois do encontro com o Cristo ressurreto no caminho para Damasco(At 9) e porque não dizer que a visão de Isaías no Templo foi determinante para o seu ministério. Isaías é conhecido como o profeta evangélico, profetizou o nascimento de Cristo, seu reinado e o seu sacrifício. Entretanto, antes deste ministério prolífico, Isaías é brindado com uma magnífica visão do trono de Deus, e sua primeira reação foi olhar para dentro de si mesmo, e sentir a impureza em seus lábios.
Olhar para dentro de si é o que ocorre quando estamos diante de Deus. Foi assim que os acusadores da mulher adúltera fizeram quando levaram a questão a Jesus, olharam para dentro de si mesmos. Olhar para si é um ato de coragem, pois certamente quando nos sondamos, ficamos diante de nossas mazelas, nossos deslizes, nossos maus hábitos; todos maquiados e escondidos nas atitudes performáticas. É lá no coração onde não só procedem as fontes da vida como também nascem a morte, os adultérios, a prostituição, os furtos... (Mt 15:19).
No entanto, estar diante de Deus vai além de estar diante de nossos pecados, é estar diante da graça que toca e cura nossa ferida. A graça de Deus, que se manifestou salvadora em Cristo Jesus, sempre esteve sinalizada em todo no Antigo testamento. Do cordeiro morto para servir de roupas para o casal no Jardim do Éden ao cordeiro providenciado por Deus para poupar o filho de Abraão no Monte Moriá.
Deus é graça incondicional, amor derramado efusivamente para nos reabilitar enquanto gente e nos colocar limpos de toda má consciência diante dEle. Deus é brasa que toca em nossos lábios e nos purifica de toda impureza e inadequação.
Permita-se encontrá-Lo e você certamente jamais será o mesmo!
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